quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Público: "Estúdios de Hollywood querem controlar os "tweets" das estrelas"

Dois grandes estúdios de Hollywood, Disney e Dreamworks, estão agora a obrigar as suas estrelas e realizadores a assinar actos de confidencialidade sobre as mensagens que transmitem em redes sociais como o Facebook e o Twitter no que toca projectos em que estão inseridos.

Para ver o resto da notícia, clicar aqui.

Esta medida vem a inibir as estrelas de publicar mensagens comprometedoras para o secretismo dos trabalhos em estúdio, como uma forma de evitar rumores e especulações erradas, bem como posições políticas, religiosas, raciais, etc.

De certa forma, achamos irónico que uma indústria que sempre viveu dos media, do gossip, da fantasia em torno das estrelas, tenha hoje em dia, face às proporções que o digital e as redes sociais atingiram, de tentar contrariar a sua própria tendência. Mas por outro lado, estas redes sociais são uma arma indispensável para o sucesso de um artista ou filme, uma vez que o seu próprio marketing tende a descentralizar-se cada vez mais em torno dos comentários dos fãs/consumidores.

É a adaptação da indústria ás novas exigências do mercado.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Digital e o Empobrecimento Mental do Séc. XXI

Nos dias que correm, é extremamente fácil encontrar-mos o que quer que seja na Internet. Tomamos como garantida toda essa procura de informação, que chega até nós com uma velocidade e facilidade estonteante, sem qualquer tipo de esforço maior da nossa parte. Quando queremos pesquisar algo hoje em dia, já não nos deslocamos à biblioteca e passamos alguns dias a escolher o importante de uma pilha de livros que levámos para casa. Agora, sentamos-nos na nossa secretária e uma dúzia de cliques fazem todo o trabalho por nós. A informação vem naturalmente até nós. A partir daí, tudo serve para facilitar.

É devido a este a tema que alguns autores falam já daquilo a que vamos chamar "o empobrecimento mental" decorrente dos novos meios digitais do séc. XXI. Eduardo Prado Coelho, num artigo de 2001 para o Jornal Público, fala de uma "euforia multimédia" a que todos parecem recorrer até na exposição de ideias em público, uma verdadeira "epidemia" que não faz mais do que disfarçar as ideias de "forma espectacular". Também Clive Thompson, em 2003 para o New York Times Magazine, no seu artigo "Powerpoint Makes You Dumb",diz que o popular software da Microsoft tem mais tendência a mutilar e omitir dados do que propriamente apresentá-los. Também Nicholas Carr reflecte, num texto importante, aquilo que a Internet tem feito ao nosso cérebro. Com as facilidades e conveniências que nos concede, habituamos-nos cada vez a pedir, a pensar, a procurar menos, alterando significativamente os nossos hábitos de pesquisa e selecção. Se por um lado, a Internet torna tudo mais fácil, em especial o Google, que tem como máxima organizar toda a informação existente da Internet e colocá-la universalmente acessível, por outro lado não podemos negar estas mudanças um pouco preocupantes.

Tal como o autor deste último texto sugere, que o nosso cérebro se está a tornar um "software desactualizado e velho" que necessita de ser melhorado pelas tecnologias?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Toy Story 3 em 2010

Woody e companhia regressam em 2010 para mais um filme de Toy Story, 11 anos depois de Toy Story 2. Desta vez a história tem como base a ida de Andy, o dono dos brinquedos, para a faculdade.

Fica então aqui o trailer em homenagem à primeira longa-metrage, feita inteiramente em CGI (computer-generated imagery), e uma prova do que aquilo que o digital pode fazer pelo entretenimento:




eBook's

No passado dia 7 de Outubro, a Amazon anunciou o lançamento do seu dispositivo hardware de leitura de eBook's, os novos livros digitais, chamado Kindle, para serem comercializados fora dos Estados Unidos em mais 100 países, entre os quais o nosso Portugal. (ver o resto da notícia aqui)


 

Para quem não sabe do que se trata, um eBook é portanto um livro em formato digital digital, para ser lido através dos nossos computadores, telemóveis e agora em dispositivos próprios, os e-Readers. Para além da Amazon, também a Sony e a Samsung possuem esta tecnologia.
Sendo ainda nesta fase pouco acessível para o grande público (um Kindle custa ainda para cima dos 250 dólares), é sem dúvida uma tecnologia a acompanhar e com muito espaço para se desenvolver e ter sucesso nesta nova era digital, à qual a produção literária (de entretenimento ou não) terá sem dúvida que se adaptar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre o Futuro da Indústria Musical

A tecnologia peer-to-peer, como já é sabido por todos, tem influenciado muito as indústrias do entretenimento, em especial a indústria musical.

Com os trabalhos das bandas constantemente a serem disponibilizados online, muitas vezes ilegalmente e até antes das datas oficias do lançamento dos álbuns, com as pessoas cada vez mais a preferir recorrer à Internet para terem a sua música ao invés de optarem pela compra física dos CD's directamente nas lojas, como será o futuro da indústria musical daqui a uns anos? Já estão aí as novas tendências: a falência das indústrias discográficas, as bandas que "entram na onda" do online, disponibilizando a sua música através do iTunes da Apple, único meio legal realmente capaz de combater todos os outros ilegais, que tentam viver mais do espectáculo ao vivo do que das vendas de CD's, ou mesmo as bandas que (corajosamente) fazem o seu próprio marketing ,através da Internet, desempenhando para esse efeito um papel fundamental a web 2.0, em concreto sites como o Myspace e YouTube.

É claro que é dificil fazer previsões deste género. Contudo, enquanto pesquisávamos na Internet sobre este tema, descobrimos um conjunto de previsões (talvez um pouco óbvias) daquilo que será a realidade desta indústria em 2012. O "profeta" é Keith Jopling, um importante consultor que trabalha na indústria musical, que nos diz que:
  • Um artista mundialmente famoso com estatuto super-estrela deixará de disponibilizar a sua música através de CD's, servir-se-á inteiramente do meio digital. Quanto a isto, temos o exemplo dos Radiohead, mas também os Metallica já discutiram a possibilidade de seguir esta tendência com o próximo album (que deverá estar aí em 2010/2011). Muitas mais bandas seguirão este movimento.
  • Uma indústria discográfica grande passará a vender directamente os lançamentos da Internet, sem recorrer a intermediários como o iTunes. As primeiras serão as editoras independentes.
  • Uma empresa recém-chegada ao mercado de venda de música a retalho irá revolucionar as ofertas destinadas aos consumidores mediante a agregação do maior número de produtos relacionados com música a partir de um único local e a preços incríveis. A probabilidade recai sobre a Amazon.
Para ver o artigo na totalidade, consultem: http://juggernautbrew.blogspot.com/2008/08/music-business-2012-alternative-market.html

Também os nossos hábitos de consumo de música se alteraram e aqui a transformação mais evidente é a substituição do formato físico pelo digital. Por exemplo, já não organizamos os nossos CD's em estantes, como os nossos pais faziam antigamente, preferimos antes arrumar as músicas em formato mp3 dentro do nosso iPod. Para poupar espaço. 

Sobre o peer-to-peer

Uma das tecnologias que tem alterado e muito a forma como acedemos aos produtos das indústrias de entretenimento, é uma tecnologia que foi popularizada em 1999 por Shawn Fanning quando criou o famoso programa de partilha de ficheiros, o Napster.

Funciona de forma simples: ao invés do tradicional sistema onde os servidores fornecem os dados, e os clientes consomem, todos os utilizadores ligados uns aos outros através da Internet, são simultaneamente servidores e clientes, partilhando directamente os mesmos ficheiros dos seus recursos. Os ficheiros são fragmentos, e os utilizadores podem ir buscar os dados a qualquer outro utilizador; quanto mais pessoas o tiverem, mais rápido poderá ser servido por todos aqueles que o procuram. Entre muitos dos programas que usam esta tecnologia, destacam-se o Kazaa, o Limewire, o eMule, e o BitTorrent.

De que forma é que esta tecnologia faz parte das novas tecnologias de web 2.0? A base do sistema peer-to-peer assenta na interacção entre os utilizadores, que são sempre utilizadores activos no desenvolvimento da aplicação. O serviço está constantemente a ser melhorado consoante o número de pessoas que o utilizam: quantos mais utilizadores, mais ficheiros haverão disponíveis e mais poderosa é a rede. Colectiviza os dados individuais de cada um, tornando-os dados universais e colectivos, disponíveis para toda a gente em todo o mundo.

Podem ficar a perceber melhor este sistema com este vídeo: